Saúde mental corporativa
Os números mostram o maior desafio das empresas hoje.
A saúde mental se tornou um dos temas mais urgentes nas organizações.
O que antes era visto como um assunto pessoal, hoje é um indicador de sustentabilidade corporativa e os números não deixam dúvidas: entre 2022 e 2024, os afastamentos por transtornos mentais cresceram 135%, saltando de 200 mil para 471 mil casos.
Essa realidade afeta a produtividade, o engajamento e o clima organizacional. E mais do que uma tendência, o cuidado com saúde mental virou uma responsabilidade para as empresas que desejam evoluir com as transformações do mundo do trabalho.
O cenário atual da saúde mental no mercado de trabalho:
O crescimento dos afastamentos por transtornos como ansiedade, depressão e síndrome de burnout mostra que estamos diante de uma crise silenciosa.
Além dos números, há um dado que chama ainda mais atenção: mulheres e a Geração Z afirmam sentir altos níveis de estresse e exaustão emocional. Essa estatística revela que o problema atinge tanto profissionais experientes quanto jovens que estão apenas começando suas trajetórias profissionais, reforçando a necessidade de novas práticas de gestão humana.
Como isso afeta as empresas:
Problemas de saúde mental impactam o ambiente corporativo em diferentes dimensões:
Produtividade: colaboradores exaustos tendem a se concentrar menos e entregar abaixo do potencial.
Turnover: o desgaste emocional é uma das principais causas de pedidos de demissão.
Custo organizacional: o absenteísmo recorrente e o afastamento médico geram perdas financeiras significativas.
Imagem e cultura: uma empresa que não cuida da mente das pessoas perde credibilidade e engajamento.
Em um cenário onde o capital humano é o maior ativo, o cuidado emocional deixou de ser um benefício opcional ele é parte do posicionamento estratégico e da reputação da marca empregadora.
A NR-1 e o compromisso com o bem-estar integral
A NR-1, norma que estabelece as diretrizes gerais de segurança e saúde no trabalho, reforça a importância de medidas que preservem não somente a integridade física, mas também a mental dos colaboradores.
Isso significa que investir em saúde mental é também uma questão de conformidade legal e responsabilidade corporativa.
Empresas que integram práticas de bem-estar à rotina — como palestras, acompanhamento psicológico e apoio nutricional estão não só alinhadas às exigências da norma, como também reduzem riscos de afastamentos e fortalecem o engajamento interno.
O que as empresas podem fazer na prática.
Cuidar da saúde mental exige ações consistentes e empatia na gestão. Algumas iniciativas que fazem diferença incluem:
Programas de escuta e acolhimento.
Incentivo a pausas, equilíbrio e autocuidado.
Benefícios que contemplem terapia, apoio nutricional e bem-estar emocional.
Comunicação interna voltada para a valorização da saúde mental.
Capacitação de lideranças para atuarem com empatia e exemplo.
Na Brasil Convênios, acreditamos que o cuidado com o colaborador é o que sustenta o sucesso da empresa. Por isso, através do Clube Bracov, oferecemos sessões de terapia mensais, acompanhamento nutricional e descontos em serviços de saúde, tornando o bem-estar parte da rotina de quem trabalha
Transformando dados em ação: o papel do RH e da liderança
Os números mostram a dimensão do problema, mas é nas ações diárias que está a mudança.
Cabe ao RH e às lideranças transformar a preocupação com saúde mental em políticas corporativas reais, com espaço para diálogo, suporte e reconhecimento.
Quando o colaborador se sente ouvido, ele se envolve, produz mais e se torna parte ativa da cultura da empresa.
Camilla Polyana - Especialista em Marketing